Os anos 50, conhecido como o período dos "anos dourados", foram marcados por grandes avanços científicos, tecnológicos e mudanças culturais e comportamentais em todo o mundo. Nessa década começaram as transmissões de televisão, causando uma grande mudança nos meios de comunicação, já no campo da política internacional, os conflitos entre Estados Unidos e União Soviética, a Guerra Fria, ganhava cada vez mais força.
Muitos foram os avanços nas áreas da ciência e tecnologia, em 1953 foi criada a empresa estatal Petrobrás, e em 1957 o Sputnik II colocou em orbita o primeiro ser vivo, a cadela Laika. Na política Elizabeth II torna-se rainha da Inglaterra, em 6 de fevereiro de 1952, ao tempo que no Brasil, um pouco mais tarde, em 1954, Getúlio Vargas comete suicídio, deixando a presidência para Juscelino Kubitschek, em 1955. Já no esporte, em fevereiro de 1951 teve início os primeiros jogo Pan-Americanos, que ocorreram na Argentina.
Cadela Laika à bordo do Sputnik II |
A década de 50 é também marcada pelos inúmeros conflitos e guerras que aconteceram nessa época. Logo em 25 de junho de 1950 começa a Guerra da Coréia, tendo fim em 27 de julho de 1953, mais tarde em 1959 ocorre a Revolução Cubana, que torna o líder da revolução, Fidel Castro, presidente de Cuba. Nesse mesmo ano tem início, também, a Guerra do Vietnã. Mas sem sobra de dúvidas o conflito que mais abalou os anos dourados foi a disputa entre EUA e URSS, a Guerra Fria.No campo das artes, música e cinema as inovações também foram amplas, para as artes o grande estouro foi a inauguração da I Bienal Internacional de Arte de São Paulo, no dia 20 de outubro de 1951. Já na música e cinema quem comandava era o som do rock and roll, a nova música que surgia nos 50. Ao som do estilo dançante de Elvis Presley e mais tarde dos Beatles, e espelhados em James Dean, no filme "Juventude Transviada" (1955) e Marlon Brando em "Um Bonde Chamado Desejo" (1951), estava ditada a moda do garoto rebelde embalado pelo rock and roll.
James Dean |
A década de 50 é símbolo de feminidade e glamour, pois com o fim dos anos difíceis da Segunda Guerra Mundial, acabou-se também o racionamento de tecidos, e agora metros e metros de tecido eram gastos para confeccionar um vestido, bem amplos e na altura dos tornozelos, assim como ditava a moda lançada pelo "New Look", de Christian Dior, em 1947. Uma silhueta extremamente feminina e jovial, com cintura bem marcada, sapatos de salto, luvas e tantos outros acessórios luxuosos como peles e jóias, atravessou toda a década de 50 e se manteve como base para a maioria das criações desse período.
Marlon Brando |
New Look de Christian Dior |
Um clima de sofisticação envolve toda a década, onde o lema era cuidar da aparência, impulsionado pelo fim da escassez dos cosméticos do pós-guerra, a beleza se tornaria um tema de grande importância. Foi justamente por causa dessa super valorização da aparência que dois estilos de beleza feminina marcaram a década, o das ingênuas chiques, representado por Grace Kelly e Audrey Hepburn, que faziam um estilo sensual, fatal com naturalidade e sutileza. Porém, quem realmente se traduz como símbolos de beleza da década de 50, servindo de inspiração para tantos estilistas até os dias de hoje, são Marilyn Monroe e Brigitte Bardot, que eram uma combinação de ingenuidade e sensualidade, sem perde o charme e a feminidade, elementos característicos da mulher de 50.
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